Resenha: Estranho Irresistível

“Todo mundo joga um jogo. Qual era o jogo dela?”

Depois de ser surpreendida com Cretino Irresistível, escrito por Christina Lauren, quando peguei o livro dois da Série Irresistível para ler , Estranho Irresistível (Beautiful Stranger), publicado pela Editora Universo dos Livros em 2013, já estava preparada para um livro intenso e de puro entretenimento, nada daqueles livros de reflexão ou de mudar vidas.



Muito bem, a sequência tem como protagonista Sara, a melhor amiga de Chloe, que acaba de terminar um relacionamento de seis anos, regado de mentiras e traição. Portanto para se afastar do sofrimento do rompimento, se muda de Chicago e vai para Nova York, onde estão abrindo a mais nova sede da Ryan Media, onde está Chloe e Bennet.

“Grandes estrelas deixam buracos negros para trás. Pequenas estrelas deixam anãs brancas. Eu mal estava deixando uma sombra. Toda luz estava indo comigo”

Ao deixar Chicago, Sara quer uma vida nova, com uma nova Sara, que ao encontrar um belíssimo estranho em uma boate, se entrega para ele ali mesmo, algo que a normalmente nunca faria. Mas o que a surpreende é o fato dela ter gostado tanto, o sangue quente, a entrega, a possibilidade de ser pega.




O que a protagonista não imaginava que seu estranho estava disposto a ir atrás dela e que por acaso ele seria amigo de longa data de Bennet. Então conhecemos Max, um playboy britânico, que faz sucesso no Wall Street e na cama de diversas mulheres, mas que está de quatro por uma estranha que conheceu em uma boate.

“Típico da minha vida: encontrar um homem lindo apenas alguns dias após ter jurado que ficaria solteira”

Em uma narrativa simples, que intercala os pontos de vistas, temos a construção de um relacionamento entre Sara e Max, cheio de regras, perigos e anonimatos. Além de mostrar as contradições da protagonista, que ao mesmo tempo que queria explorar seu saldo selvagem, mas também era recatada e envergonhada.

“Eu era mesmo tão clichê assim? Apenas querendo o que não posso ter?”

São 284 páginas regadas de muito poder feminino!! Já que é Sara toma as rédeas da relação, impondo suas regras suas vontades, seus desejos, seus fetiches. Afinal depois de seis anos sendo enganada, nada melhor do que desfrutar do maravilhoso Max, curtir a juventude e descobrir do que realmente gosta, o que lhe dá prazer. Sem querer compromissos ou dores de cabeça, Sara cria a situação que todo homem sonha em ter, sexo casual, sem compromisso e com uma boa dose de perigos... Mas será que é isso que Max realmente quer?!




Para quem já leu Cretino Irresistível irá gostar dos vislumbres dos personagens e de saber como seguiram após o fim do livro. Assim como no primeiro volume não há muitas delongas nos personagens secundários, é um livro cheio de clichês, mas daqueles clichês envolventes e bem conduzidos.

“Querida Nova York, você é definitivamente brilhante. Com amor, Sara. P.S.: Definitivamente não é o álcool falando”

A narrativa das autoras vai sempre direto ao ponto, sem rodeios... Dando ao leitor calorosas e divertidas cenas. Além de mostrar que pode se tentar ao máximo fugir de um relacionamento, mas as vezes ele vem mais fácil do que imaginamos.





“Se uma mulher quisesse um homem pensasse nela constantemente, ela deveria dizer que ele só poderia encontrar com ela uma vez por semana. Só isso. E diga adeus à sua concentração”

O tal do Presidente...


“O presidente, em particular, é simplesmente uma figura pública: não detém nenhum poder. 

Ele é aparentemente escolhido pelo governo, mas as qualidades que ele deve exibir nada têm a ver com liderança. Ele deve possuir um sutil talento para provocar indignação.




Por esse motivo, o presidente é sempre uma figura polêmica, sempre uma personalidade irritante, porém fascinante ao mesmo tempo. 

Não cabe a ele exercer o poder, e sim, desviar a atenção do poder” 



Douglas Adams - O Guia do Mochileiro das Galáxias

O poder das Palavras


"Words, I think, are such unpredictable creatures.
No gun, no sword, no army or king will ever be more powerful than a sentence. 




Swords may cut and kill, but words will stab and stay, burying themselves in our bones to become corpses we carry into the future, all the time digging and failing to rip their skeletons from our flesh"



Tahereh Mafi - Ignite-Me